sábado, 7 de maio de 2011

Contribuições da Psicologia ao Professor

 

A importância da Psicologia no processo educacional é tão evidente quanto polêmica. Não é sem razão que, em dado momento histórico, apenas esta ou aquela abordagem, de acordo com o prestígio alcançado, constitui preferência às vezes verdadeiro modismo entre os educadores ou órgãos oficiais que patrocinam o modelo de educação a ser adotado. O fato é que a formulação de cada abordagem quer pela concepção de homem que contém, quer pelos pressupostos teóricos adotados ou pelos seus desdobramentos práticos, necessariamente implica uma estrutura de política educacional, um conjunto de objetivos específicos na formação acadêmica e um projeto sociocultural típico. As abordagens psicológicas, nessa perspectiva, são muitas, mas nem todas com repercussão significativa no contexto educacional.

O desenvolvimento psíquico de crianças em idade pré-escolar, nos dias atuais. Constata que elas vêm apresentando uma inteligência mais rápida, são mais independentes, provocando uma aceleração física, psíquica e intelectual, devido às constantes motivações e estímulos de vida. Por isso, enfatiza que se deve ter o cuidado suficiente para que não ocorra a queima de etapas de interesses e necessidades do pré-escolar, mas, o direcionamento e enriquecimento desse desenvolvimento. Daí, a importância do conhecimento das leis do desenvolvimento psíquico, das causas que determinam as diferenças do mesmo, priorizando, sempre, o brincar, essencial para a passagem  da  ação para  o raciocínio  intelectual. As Expressões na evolução da prática da Psicologia. As atividades expressivas permitem atualizar o potencial criativo de qualquer indivíduo e dão-lhe consciências do real ao proporcionarem ocasiões para fazer, aquilo que está na imaginação.   Desde o início da sua existência a criança tem necessidade de se identificar com o universo que a envolve com tudo aquilo que se passa à sua volta e procura dominar a realidade com a qual está sempre a ser confrontada.   Mesmo quando a consegue imaginar parcialmente, esta realidade ainda lhe escapa.  A imaginação começa a agir, a experimentar, a ir mais longe, ou seja, a caminhar para lá daquilo que é que parece ser ou que poderá vir a ser. Isto quer dizer que a criança desde a mais tenra idade se serve logo da sua imaginação para aprender a realidade. São as experiências diversificadas que lhe irão sugerir ocasiões de distinguir o real do imaginário, de tomar consciência das suas reações e do poder que ela exerce sobre tudo aquilo que a rodeia.  Quanto mais uma criança experimenta, mais a sua imaginação enriquece.   Interdependentes um do outro, o real e o imaginário completam-se e todo o ser humano tem necessidade desta interdependência para o seu equilíbrio. Nenhuma das matrizes disciplinares da Psicologia foi criada com o intuito de responder a questões formuladas no terreno da educação em geral e, muito menos, no campo específico da educação escolar. A Psicanálise constitui a demonstração mais óbvia dessa afirmação, pois como se sabe o paradigma freudiano foi desenvolvido para atender a demandas oriundas da clínica psicológica, sendo seu propósito inicial encontrar um meio eficiente para curar neuroses (cf. Freud, 1978). Quanto ao Comportamentalismo, tratou-se originalmente de uma iniciativa para construir uma teoria geral que contemplasse as leis de regularidade e uniformidade do comportamento humano, em que estivessem descritas as relações entre as respostas emitidas por um organismo e os estímulos ambientais (cf. Skinner, 1967).

Sobre a teoria piagetiana, é preciso lembrar que sua problemática primeira encontrava-se vinculada à área da epistemologia: o propósito de Piaget era "abordar o estudo do conhecimento através de uma epistemologia de natureza biológica", o que se mostrou inviável por intermédio do uso exclusivo dos métodos da própria Filosofia. Assim, dada a necessidade de bases empíricas que permitissem "uma ponte sólida entre a biologia e a epistemologia", Piaget buscou a Psicologia (Coll & Gillièron, 1987, p.15). Toda a psicologia piagetiana constitui, a bem da verdade, um conjunto de teses formuladas para responder a questões relacionadas com a origem e o desenvolvimento da capacidade cognitiva do ser humano, e, mais amplamente, para explicar como nasce e evolui a competência do indivíduo para apreender abstratamente o mundo que o cerca.